As 7 Maravilhas do Campo
“ As 7 Maravilhas do Campo ”
20 de Abril de 2008
NO 3º PASSEIO PEDONAL DO CAMPO
A Primavera instável de dias quentes alternados com trovoadas e chuva persiste em continuar. Bem diz o ditado popular “Abril, águas mil”. Apesar destas condições climatéricas, no domingo passado, a aldeia do Campo, da freguesia de Tornada deste concelho das Caldas da Rainha, arrojou-se a organizar o seu terceiro passeio pedestre para cerca de uma centena de caminheiros. O evento, intitulado “Rota das sete maravilhas do Campo”, foi dinamizado pela Direcção da Associação de Cultura e Recreio com a colaboração da União de Beneficência do Campo, fundada a 19 de Fevereiro de 1908, (também conhecida por “Irmandade” que presentemente comemora o seu centenário) e da Secção de Pedestrianismo dos Pimpões.
Com estas pequenas “maravilhas” rurais pretendeu-se dar a conhecer alguns aspectos do património local construídos, fruto muitas vezes de reivindicações das populações, que pretendem eternizar e sensibilizar as camadadas mais jovens para a preservação das suas memórias. Certamente que a cultura de um povo depende também da importância que se dá a pequenos feitos e obras!
Entre as denominadas “maravilhas” identificadas ao longo do percurso destacamos: a capela dedicada a S. Brás, cujo patrono se celebra a 22 de Janeiro; a antiga “Escola Primária” com a denominação mais moderna de “Escola do 1º Ciclo”, uma das obras do Estado Novo, inaugurada em 1956, que é frequentada por cerca de trinta alunos; o Parque Desportivo que, com o campo de futebol inaugurado em 1981, dez anos depois possuía uma das melhores pistas de atletismo do País; o poço público que, no rio do Peixe, abasteceu a população local, com águas frescas e macias, durante cerca de meio século; a ponte do caminho de ferro, dos finais do Século XIX, segundo alguns caminheiros “por onde passará o futuro TGV quando a Linha do Oeste for reestruturada”; o apeadeiro denominado “Campo-Bouro” da década de 50, que necessitou do apoio da população da Serra do Bouro para justificar a paragem do comboio nesta localidade; a sede da Associação de Cultura e Recreio, fundada em Dezembro de 1976, tenta responder, com a grande dedicação da sua actual Direcção, às necessidades de todos os seus associados.
O desenvolvimento e a expansão desta aldeia é significativo. Entre as suas infra-estruturas, para satisfazer o aumento da população residente, existem actualmente três jardins de infância e um número crescente de novas habitações inseridas em urbanizações bem projectadas e de gosto refinado.
A caminhada, circular como as anteriores, com a extensão de dez quilómetros, decorreu em terreno plano por entre carreiros floridos, estradas de terra batida e algum asfalto. Aqui se concentram várzeas polvilhadas de pequenas culturas e uma floresta diversificada por entre habitações repletas de gente simpática e laboriosa.
O percurso obrigou à passagem pelas valas do Brejo e da Palhagueira, outrora cursos de águas limpas e cristalinas repletas de peixes, que se transformaram, actualmente, em espaços pouco limpos onde correm efluentes urbanos.
Pelo fim da manhã, o passeio com grau de dificuldade fácil e circular como os anteriores, concretizou-se em duas horas e trinta minutos, numa extensão de cerca de dez quilómetros.
Após o salutar convívio do almoço (sem a televisão a funcionar), o grupo dos participantes na caminhada foi agraciado com uma pequena peça cerâmica que, posteriormente, recordará o evento. Inserido também nas comemorações do centenário da União de Beneficência, partir das quinze horas, houve a agradável apresentação das fanfarras dos Bombeiros das Caldas da Rainha, de Óbidos e de S. Martinho do Porto
À direcção da Associação de Cultura e Recreio do Campo, principalmente ao seu Presidente, Sr. António Ferreira, um dos principais promotores e dinamizadores desta caminhada, almoço e convívio, deixamos expressos os nossos agradecimentos.
Se deseja continuar em excelente forma física e de boa saúde, junte-se ao Grupo dos Caminheiros no próximo passeio, que se realizará no Sítio da Nazaré, no último domingo de Abril. O ponto de encontro será às nove horas junto à Casa da Cultura de S. Martinho do Porto, ou na sede dos Pimpões.
Texto – Manuel Correia
Fotos - Jorge Melo / Sandra Costa (fotos e video)
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