84º Passeio Maio 2008
“ Entre Rios e Valas ” CHÃO DA PARADA
25 de Maio de 2008
Os caminheiros dos Pimpões em parceria com a Casa da Cultura José Bento da Silva, de S. Martinho do Porto, escolheram o Chão da Parada, o maior lugar da freguesia de Tornada, para realizar mais um passeio pedestre, numa zona plana, de fácil acesso e circular como os anteriores, numa extensão de cerca de dez quilómetros.
Após uma breve recepção na Associação Cultural, os cerca de sessenta e cinco caminheiros arrojados e sem medo à chuva, fizeram-se à estrada por carreiros ainda orvalhados e caminhos de terra batida enlameados, entre caniços e pomares cruzados por valas, como a da Palhagueira, que serpenteiam por entre campos verdejantes e matas que servem de leito ao Rio de Tornada (também designado aqui, por Rio da Mota).
Às doze horas e trinta minutos o 84º passeio pedestre dos Pimpões tinha terminado perante um Sol ainda envergonhado mas audaz para afugentar as nuvens mais atrevidas.
Sobre a história local e seguindo algumas notas fornecidos pelo Sr. Norberto Raimundo que gentilmente nos elucidou sobre a sua terra, a provável origem do nome Chão Parada estará associado ao “local onde o mar parava. Como prova desta denominação, temos a existência de algumas ilhotas, como a da Mouraria, que no início da nossa nacionalidade se manteve como último reduto dos Mouros na Região. O braço de mar Cornágua, que se estendia pelo actual paul, deu também origem à actual Tornada”.
Refere ainda o citado autor, “Segundo a saudosa conterrânea Dr.ª Deolinda Ribeiro, e de acordo com documentação histórica, estas férteis e prósperas terras foram doadas pelo Rei D. João I, a um Fidalgo e Guerreiro, chamado Martim Simão, que se distinguiu pelos bons serviços prestados na Batalha de Aljubarrota. Nos campos da Quinta do Talvai, que se estendem até Salir, S. Martinho e Alfeizerão (onde outrora foi mar), até meados da década de 50 (1950), cultivava-se intensivamente o arroz, sendo esta actividade o principal meio de subsistência das pessoas da região e de outras regiões do país que sazonalmente para aqui se deslocavam. Com a extinção da cultura do arroz e com a pouca rentabilidade agrícola local, a população voltou-se novamente para o mar e a maioria dos homens embarcou”.
A Associação Social e Cultural Paradense transformada em IPSS, tem desenvolvido inúmeras actividade tais como, ginástica, tiro com arco, futebol, basquete, jogos tradicionais e várias outras modalidades culturais e desportivas. Na área social, é de reconhecer o papel do jardim de infância, do apoio domiciliário e do centro de convívio para idosos.
À Direcção desta Associação queremos expressar os nossos agradecimentos pelo empenho demonstrado na elaboração do circuito e orientação deste belo passeio pedestre, e pelo almoço e convívio proporcionados no final da actividade.
Se gosta de contactar com a natureza, apreciar o Património e preservar a sua saúde, venha juntar-se ao grupo nos próximos dois passeios pedestres programados para Junho O primeiro realizar-se-à na Foz do Arelho, no dia oito, domingo (com partida junto ao cais de embarque da Lagoa) e inserido na realização das tasquinhas da Paróquia da Foz. O segundo, será em S. Martinho do Porto – Santo António, no último domingo de Junho. Estes eventos terão o seu ponto de encontro às nove horas, em frente à Casa de Cultura de S. Martinho do Porto ou na sede dos Pimpões.
Texto – Manuel Correia
Fotos/video – Jorge Melo e Sandra Costa
Amigo jorge se achar que tem interesse publique o passeio da foz do arelho-domingo 8as 9h.pimpoes e as 9,30 no cais da foz, com almoço
ResponderEliminarSerá que não seria mais elegante o video não ser sonoro?
ResponderEliminarE que tal uma musica de fundo?
Filomena
Provavelmente Filomena, uma musiquinha, até ficava mais elegante, mas menos natural, não?
ResponderEliminarAlém disso, não é entendível qualquer conversa privada (apenas para aqueles que a estavam a ter, na altura da gravação).
É ver o que a maioria prefere, se música, se som natural?!.
Se quiserem música, quase de certeza que o Jorge consegue arranjar alguma coisa audível ….
Sandra